Pensamentos em Palavras

Só mais um blog na internet…

Archive for Fevereiro, 2010

Essere e il nulla della veritá

Posted by Myrna em 18/02/2010

Em tais brancas páginas iriantes,
Deito, via o extremo da pena,
A amargura que n´alma empena.
Reflexo macro do ontem, do antes.

Medo e ternura, então sitiantes,
Misturam-se à tinta que envenena,
E os espólios, em voz mais amena,
Erguem-se quais os titãs e gigantes!

O ser e o não ser em épica luta.
Quere, porém ter a verdade minada!
O que nos afirma também nos refuta.

E o cansaço me prostra calada,
Pois na afasia o gênio permuta,
A igualdade entre o ser e o nada.

Myrna R.R.P.

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Sobre a inspeção do intelecto em Descartes

Posted by Myrna em 17/02/2010

Dan…madou super bem!

Segue ai uma explicação sobre a tal inspeção… o ponto inicial é o Ceticismo e, além de ter achado a explicação do Paulo Ghiraldelli Jr. bem adequada, achei divertida. ^^

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O método de Descartes

Posted by Daniel Baseggio em 11/02/2010

…Finalmente exercitarei os dotes cartesianos…

  Os precursores de Descartes, Bruno, principalmente Campanella, voltaram os olhos para a tarefa do conhecimento onde, a partir da reflexão cartesiana, se chamaria epistemologia. Seria assim porque voltava-se para o processo do conhecimento e não mais para as questões tológicas da escolástica. A partir de Descartes o homem ganha espaço para a reflexão acerca de si mesmo, de seus métodos cognitivos e de sua relação com o mundo.
  Temos, como exemplo, o Discurso do Método onde Descartes procura refletir acerca da tarefa do conhecimento e sobre o método do conhecimento. O método é o fundamento do conhecimento e é proveniente apenas do intelecto.
  Por meio da duvida hiperbólica Descartes encontra evidencias internas para uma autoreflexão; evidencias como a certeza do cogito, que só poderia ser conhecido mediante uma autoinspeção do intelecto. Há no método cartesiano as ideias de unidade, de fonte, de fundamento, como características de um conhecimento que colocam o intelecto como centro da investigação. O intelecto é uno, único e, por isso, deve ser investigado reflexivamente.
  Por isso, Descartes é considerado como um racionalista; porque, para ele, a fonte do conhecimento é a razão, o intelecto. O intelecto é garantia do conhecimento indubitável.
  O método, além de guiar o homem na busca do saber, garante o conhecimento fundamentando-o no espírito; por isso devemos inspecionar o espírito e seus conteúdos, visando sempre o autoconhecimento. Busca-se o conhecimento do intelecto, na medida em que este se manifesta garantindo todo o conhecimento proveniente dele. A fundamentação é a característica mais sólida de toda a epistemologia cartesiana.
  Ora, se o método cartesiano visa uma autoreflexão do sujeito para delimitar o intelecto como fonte e garantia de conhecimento, o exame desse intelecto juntamente com suas categorias inatas também podem ser conhecidos através da inspeção do espírito.
  Como exemplo claro temos o da Segunda Meditação – o exemplo da cera – a natureza da cera como sendo extensa é consebida pelo intelecto; as ideias claras e distintas se organizam em um princípio interno, no próprio conhecer e não mais do ponto de vista do ser. O método, portanto, volta a reflexão para o eu, onde a partir de seu intelecto garante o conhecimento verdadeiro, por meio das ideias claras e distintas. Todo conhecimento é proveniente desse processo interno; por isso Descartes reflete no homem, pois ele é a fonte e garantia do conhecimento. O método visa a autoreflexão, o chamado, em linhas curtas, “conhece-te a ti mesmo”.

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